sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Tertúlia BDzine - Uma bd curta de Zé Paulo (Dia Mundial das Curtas de BD)



Em 2016, por associação de ideias, achei que se justificaria plenamente a implantação do Dia Mundial das Curtas de BD. Aconteceu isso no dia 22 de Dezembro de 2016, quando publiquei aqui no blogue uma bd curta de Carlos Corujo "Zíngaro".  (*)
Por alguma razão especial? Apenas para não adiar a ideia, e também porque terá sido o segundo dia mais curto do ano.

E de que poder me arrogo para ser responsável por uma iniciativa que pretendo seja abrangente? Na verdade, nenhum. Sou apenas um amante da BD, conhecido somente num nicho de bedéfilos. Até pode ser que mais ninguém da BD ligue a isto, mas mesmo que seja eu o único a defender a ideia, fá-lo-ei.

Portanto, em 2017, a 22 de Dezembro, cá estarei (assim o espero) a comemorar neste blogue.

E a comemorar como? Da maneira mais pragmática: publicar uma banda desenhada curta de autor português. (**)

(**) É o que acabo de fazer, no principiozinho do novo dia 22 de Dezembro de 2017, com a peça curta mas excepcional de Zé Paulo, sob o título de "O Som de Meter Medo".

(*) http://divulgandobd.blogspot.pt/2016/12/curtas-de-bd-uma-bd-de-carlos-zingaro.html 

Nota do blogger: Este post é uma cópia do que está patente no meu outro blogue "Divulgando Banda Desenhada", com a diferença de nele ter sido publicada apenas a bd, e neste estarem visíveis a capa e contracapa do fanzine, visto que neste blogue se pretende dar prioridade aos fanzines, enquanto que no "Divulgando..." o que está em destaque é a própria banda desenhada. Vejam em http://divulgandobd.blogspot.pt/2017/12/curtas-de-bd-dia-mundial.html 

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Última  nota 
Com certeza que sabem, mas relembro: 
Para aumentar o tamanho da imagem é necessário clicar duas vezes, uma para separar a imagem; em seguida aparece uma lente, clicar sobre ela (peço desculpa a quem está farto de saber este pormenor técnico) 

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Para os bedéfilos mais novos que não saibam quem é (quem foi) Zé Paulo, republico um texto que escrevi no meu outro blogue "Divulgando Banda Desenhada:

ZÉ PAULO
1937/2008

Biobibliografia


José Paulo Abrantes Simões. Lisboa, 4 de Novembro de 1937.

Curso de Pintura da Escola de Artes Decorativas António Arroio.

Em 1974 foram publicadas bandas desenhadas suas na revista alemã Pardon. Mas a sua produção mais importante foi divulgada na revista Visão, que teve doze números editados entre 1 de Abril de 1975 e Maio de 1976.

Para ali fez várias obras de grande nível e variados temas, algumas delas realizadas em colaboração, cujos títulos merecem aqui ficar registados:  
Abril Águas Mil (uma prancha a preto e branco) e Os Loucos da Banda (seis pranchas a cores), ambas as BD's no número 1; Fábula de Um Passado Recente, sete pranchas a p/b (número 4, 15 de Maio de 75) e H20, duas pranchas a pItálico/b (número 5, 1 Junho), ambas com argumento de Victor Mesquita; no n.º 7, Outubro, tem trabalho duplo: Histórias que a minha avó contava paItálicora eu comer a sopa toda (1.º episódio numa prancha a p/b), e a A Batalha de Rzang, 4 pranchas a p/b; no n.º 8, 10 Setembro, mais uma parte da série Histórias que a minha avó contava (...) e o episódio auto-conclusivo O Espantalho, em quatro pranchas a p/b; no n.º 9, de 20 Janeiro 76, outra parte das Histórias que a minha avó contava (...), iniciando-se neste número a narrativa gráfica A Família Slacqç com o episódio Bem Escondidinho, em quatro pranchas a p/b; no n.º 10 está o segundo episódio, Encontro com o Rato Mickey, mais quatro pranchas no n.º 11, O Teu Amor e Uma Cabana, quatro pranchas e no n.º 12, derradeiro da revista, com data de Maio 76, são publicados os últimos dois episódios quatro e quinto (como sempre, a quatro pranchas cada), dessa notável obra da BD portuguesa.
Em 1977 estreou-se no formato de álbum, com capa a cores e a bedê a preto e branco, A Direita de Cara à Banda (Desenhada) que tinha feito para o jornal Diário, com o título Os Direitinhas, de que foi aproveitada uma parte para o álbum.
Em 1979 escreveu e desenhou Memórias do Último Eléctrico do Carmo, bedê a preto e branco publicada no suplemento portador do curioso título DL Fanzine, do jornal Diário de Lisboa.
Colaborou com bedês de caracter infantil na revista Fungagá da Bicharada.
Na revista Lx Comics (n.º 3, Inverno 1991) fez uma prancha para o cadavre exquis Elxis, que tinha sido iniciado no n.º anterior por Bandeira, e foi continuada no seguinte por Pedro Burgos, mas o tal cadáver esquisito não chegou a ser acabado, porque a Lx Comics — que era propriedade de editora identificada pela sigla MFCR, apoiada pelo pelouro da cultura da Cãmara Municipal de Lisboa — finou-se nesse quarto número, talvez abafada pelos calores do Verão de 1991, ou por outra razão qualquer que não vem agora ao caso tentar deslindar.
Zé Paulo participou na obra colectiva Novas "fitas" de Juca e Zeca, editada num fanálbum em Julho de 2000, com o sarcástico episódio Satanás 3, Deus 1
Para o mesmo editor-amador (o autor destas linhas) têm sido as suas mais recentes colaborações em BD, todas em 2007: no fanzine Efeméride (n.º2 - Fevereiro), de novo a parodiar um herói clássico, "Príncipe Valente no Século XXI", com a sátira O Valente do Casal; depois, no fanzine Tertúlia BDzine (n.º 115 de Julho, n.º 117 de Setembro, n.º 120 de Dezembro de 2007 e nº 123 de Março 2008) fez, respectivamente, as seguintes bandas desenhadas (todas com quatro pranchas a p/b): Fim-de-Semana... Num Futuro Muito Próximo, Príncipe Valente no Século XXI Descendo a Calçada dos Cavaleiros em Contramão, A Mão Cheia, tratando-se esta última de bd redesenhada sobre original da década de 1980, e O Som de Meter Medo, no Tertúlia BDzine nº 123, de Março 2008.

E para o renascido fanzine Eros (n.º10) datado de 2007, quarto trimestre, escreveu e desenhou em quatro pranchas a p/b, a história Luisinha, uma peça ao mais recente estilo ZÉPAULO, como ele ultimamente assinava.
Derradeiramente, está presente no terceiro número do fanzine Efeméride em mais uma banda desenhada, intitulada Esperman, integrada na obra colectiva Super-Homem no Século XXI, onde voltou a trabalhar a cores, género que pouco cultivou na BD, mas que dominava com eficácia e sensibilidade.

Faleceu em 23 de Dezembro de 2008.
 Geraldes Lino


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