Tráfico de edições e afins é uma das finalidades da RAIA, uma feira de edição e arte gráfica, com bancas de alfarrábios e discos em segunda mão, e também, claro, fanzines acabados de editar.
O evento deste ano de 2017 é abrangente: haverá lançamentos, leituras, exposições, música e projecção de filmes.
O slogan é bem assertivo: A Raia será dos pequenos editores e dos artistas gráficos.
Não faltará serviço de bar e cantina vegetariana.
DATA E HORA:
21 e 22 de Outubro
das 14h às 23 (sábado, 21)
e das 14h às 20h (domingo)
LOCALIZAÇÃO:
ANJOS 70 (Antiga Taberna das Almas)
Regueirão dos Anjos, nº70
Lisboa
PROGRAMAÇÃO
LISTA EXAUSTIVA DE EDITORES E IMPRESSORES CONFIRMADOS COM BANCA
DURANTE
A OCORRÊNCIA (CERCA DE 40 EDITORES CONFIRMADOS):
100 Cabeças; Antígona; Atelier Guilhotina; Bárbara Lopes; Chili com carne/ MMMNNNRRRG; Clube do Inferno; Clube dos tipos/ Editora
dos tipos; Cronópio; Debout sur l'Oeuf/ Do Lado Esquerdo; Dedo Mau; Douda Correria; Edições
50kg; Edições do Saguão; Edições do Tédio; Elena Sanmiguel Urbina;
Fanzines e Martelos; Filipe Felizardo; Formandos curso auto-edição
Oficina do Cego; Galho; Hélastre; Imprensa Canalha; Letra Livre (representando
também Averno, Língua Morta e Fenda); Linha de Sombra; Livros de Bordo; Maldoror; Mia Soave; Michael Fikaris / Silent Army; Mike Goes West; Momo; Não edições; O Corvo da Bad; O
Gato Mariano; O Homem do Saco; Oficina Arara; Oficina do Cego; Orfeu Negro; Papeleiro Doido; Pé de Mosca; Quarto de Jade;
Serrote; Sílvia Rodrigues; Stet; Stolen Books; Tipo PT;
Triciclo; Urubu; Vintage Warehouse; Xavier Almeida; Xerefé; XYZ.
+
BANCA DE ALFARRÁBIO E SEGUNDA MÃO
LISTA
NÃO EXAUSTIVA DE LANÇAMENTOS EDITORIAIS COINCIDENTES COM O ACASO:
Powerplay, de Ana Menezes (Oficina do Cego)
Um Dia de Verão, de Joana Fontes (colecção Abstrusa, nº 7) Oficina do Cego. Retrato de um típico dia de verão, desde o amanhecer até que o sol se põe. Com ilustrações em linogravura de diferente tipos, como o retrato da figura humana (feminina), representações de paisagem e ilustrações de objectos/actividades associadas à praia e lazer. Apontamentos de cor azul ultramarino, acrescentados em stencil.
Um Dia de Verão, de Joana Fontes (colecção Abstrusa, nº 7) Oficina do Cego. Retrato de um típico dia de verão, desde o amanhecer até que o sol se põe. Com ilustrações em linogravura de diferente tipos, como o retrato da figura humana (feminina), representações de paisagem e ilustrações de objectos/actividades associadas à praia e lazer. Apontamentos de cor azul ultramarino, acrescentados em stencil.
Das
minhas memórias, um dia de praia (de verão), é assim. Com o fato de
banho e o chinelo no pé, apanhar sol, dar mergulhos, as gaivotas, jogar
raquetes, comer gelados e no fim do dia levar umas conchas para casa.
Luiz Pacheco Essencial, de António Cândido Franco (Maldoror)
O Gorila Errante e outras histórias, de Matilde Feitor (Imprensa Migalha)
Nação Estrambótica, de Manuela Praça e José Largo (Imprensa Migalha)
Mariano #2, fanzine de Tiago da Bernarda, inclui entrevistas a Tony Millionaire e Anton Kannemeyer
Mucomorphia #2, de Filipe Felizardo (com entrevista por Marcos Farrajota)
Álbum Primo-Abrilesco, de Alphonse Allais (O Homem do Saco)
Luiz Pacheco Essencial, de António Cândido Franco (Maldoror)
Álbum Primo-Abrilesco,
de Alphonse Allais (O Homem do Saco)
Pequenas estórias I e II,
e agora, ainda, Isabel Baraona
Portuguese Small Press Yearbook 2017,
Catarina Figueiredo Cardoso (Ed. Catarina Figueiredo Cardoso e Isabel Baraona)
Linguaruda, de Sílvia Rodrigues
Berlim : cidade sem sombras de Tiago Baptista. Livro da colecção LowCCCost da Chili Com Carne. Livro sobre uma residência artística em Berlim (2013).
Linguaruda, de Sílvia Rodrigues
Berlim : cidade sem sombras de Tiago Baptista. Livro da colecção LowCCCost da Chili Com Carne. Livro sobre uma residência artística em Berlim (2013).
PROGRAMA DE EXPOSIÇÕES A DECORRER DURANTE e APÓS A AVENTURA
1. Raia (70X100)
Enquanto convenção humana que ultrapassa em muito os rigores da
natureza, as fronteiras continuam a marcar a evolução da humanidade. Numa época
em que, ultrapassado o optimismo do fim da guerra fria, se aguçam navalhas
novamente, o conceito de linha divisória e de repulsa está na ordem do dia.
Cerca de 20 artistas gráficos aceitaram o desafio de atacar a folha grande (70
X 100 cm) com ideias de separação e divergência.
Lista de participantes:
Ana Biscaia; Ana Menezes; Ana Torrie; Bruno Borges; Cátia Serrão; Cláudia Dias; Daniel Lima; Daniela Gomes; Daniel Lopes; Débora Figueiredo; Doutor Urânio; Hugo Henriques; João Concha; José Feitor; Luís França; Luís Henriques; Luís Manuel Gaspar; Maria João Worm; Mariana Barrote; Miguel Carneiro; Pedro Burgos; Rita Senra; Ricardo Castro; Mariana Malhão; Luís Alegre.
Ana Biscaia; Ana Menezes; Ana Torrie; Bruno Borges; Cátia Serrão; Cláudia Dias; Daniel Lima; Daniela Gomes; Daniel Lopes; Débora Figueiredo; Doutor Urânio; Hugo Henriques; João Concha; José Feitor; Luís França; Luís Henriques; Luís Manuel Gaspar; Maria João Worm; Mariana Barrote; Miguel Carneiro; Pedro Burgos; Rita Senra; Ricardo Castro; Mariana Malhão; Luís Alegre.
Nascida em 1990, estudou nas Belas Artes do Porto.
3.
SpaceX parte
2, exposição individual de João Fonte Santa
Évora, 1965
Vive e trabalha em Lisboa.
Estudou Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade
Clássica de Lisboa.
Começando por se dedicar à produção gráfica underground em
fanzines autoeditados, foi depois orientando progressivamente o seu trabalho
para a pintura e o desenho.
O trabalho de João Fonte Santa, alicerçado num intenso banco
de referências de cultura popular, contemporâneas e eruditas, produz um corpo
de trabalho que, sendo visualmente excitante, procura tornar visíveis as
relações da mecânica do poder político.
Expõe regularmente desde meados dos anos 90.
4.
Se isto é um Livro
Livros da colecção de Catarina
Figueiredo Cardoso
A raia é fronteira, linha de divisão ou limite. É por isso lugar de
risco, de transposição, de desafio. É limiar e é margem. É um espaço de
possibilidades.
Os livros aqui apresentados aproximam-se dos limites da condição de livro.
De serem livros, por permitirem o desempenho da função básica de ver/ler o que
está inscrito nas suas superfícies. De não serem livros, por tal função básica
não existir, e não passarem de referências a livros.
Embora a resposta emocional à palavra "livro" dependa da
experiência com esse objecto, todos os formatos de livro permitem o desempenho
da função básica ler/ver: o códice, o rolo, o leporello, a tábua, as folhas
soltas que transmitam uma organização significativa do seu conteúdo.
O tradicional códice, o conjunto de páginas unidas pelo lado esquerdo e
soltas do lado direito, permite a visualização sequencial e discreta das
inscrições nas duas superfícies das páginas. De um códice numa vitrine, podemos
ver a capa ou uma dupla página aberta. Mas outros formatos de livro permitem
leituras simultâneas.
“Se isto é um livro” é, pois, uma celebração jubilosa do formato do
livro, uma demonstração de diversidade, um passeio pela raia.
[Nota: O título desta exposição evoca
Primo Levi e Se questo è un uomo (1947).
Homenagem sentida às vítimas da barbárie nazi.]
5.
Antologia
para Mentes Desertas
O projecto Antologia Para Mentes Desertas associa, por
intermédio de palavras-chave, imagens da biblioteca do congresso americano com
textos poéticos seleccionados por 25 «antologiadores». Esta antologia
combinatória tira partido da permutação como prática criativa, pensando a
edição como um motor narrativo que alia duas bases de dados: computacional e
humana.
PROGRAMAÇÃO
MUSICAL
O Presidente traz à raia as suas canções de faca e alguidar,
recentemente lançadas em disco de vinilo, assim como outras canções urbanas que
dão voz aos desafortunados da grande urbe e do subúrbio. Com a sua Banda Suporte!
Dia 21 (22H)
Doutor Urânio
DJ Urânio
Aniversários, casamentos, funerais, manifestações, festivais, bailes, after's... Chungabeat, house circo, bacalao valenciano, tuga tecno, electro chaabi.
Aniversários, casamentos, funerais, manifestações, festivais, bailes, after's... Chungabeat, house circo, bacalao valenciano, tuga tecno, electro chaabi.
Dias 21 e 22 (ao longo do dia)
Instituto Tropical Fonográfico
O INSTITUTO FONOGRÁFICO TROPICAL é uma colecção crescente de discos de vinil que aflora um contorcionismo musical entre duas vogais, do Semba para o Samba, passando a jusante de uma tranche de Cumbias, Coladeras, Soukous, Funanás e do diabo a quatro em saiotes com palmeiras.
Instituto Tropical Fonográfico
O INSTITUTO FONOGRÁFICO TROPICAL é uma colecção crescente de discos de vinil que aflora um contorcionismo musical entre duas vogais, do Semba para o Samba, passando a jusante de uma tranche de Cumbias, Coladeras, Soukous, Funanás e do diabo a quatro em saiotes com palmeiras.
PROJECÇÕES
VÍDEO
Flims, de Artur Varela (45’12)
Portugal 1973, de Artur Varela (45’12)
Na Raia recorda-se a
memória de um companheiro, um iconoclasta, um artista para quem a fronteira era
o que apetecia pisar.
Artur Varela {1937-2017} aprendeu escultura em Lisboa, passou por Paris
{Atelier Adam}, estacionou depois durante duas décadas na Holanda e regressa a
Lisboa no final da década de 80. Entretanto havia explorado não só a escultura
em madeira e metal, mas também a pintura, o desenho, a banda desenhada e o
vídeo. Os filmes integrados em Portugal 1973 enquadram-se na exploração do
formato super 8 e na postura da observação algo distanciada e cínica dos
costumes indígenas. Parte destes filmes foram projectados pela primeira vez em
1973, aquando da exposição de Artur Varela na Sociedade Nacional de Belas Artes
de Lisboa. Muitos anos mais tarde, em 2000, os filmes seriam de novo exibidos
no âmbito do projecto Slow Motion,
nas Caldas da Rainha, comissariado por Miguel Wandschneider.
Marquee Strategies -
Mixed Media with HTML Marquee Code, de Filipe Matos
Filipe
Matos (1977)
Artista Visual e webdesigner, vive em Lisboa
Artista Visual e webdesigner, vive em Lisboa
Com um trabalho essencialmente
experimental, Filipe Matos diverte-se enquanto brinca com as falhas das
superficies e questionando aquilo a que chamamos realidade. O seu trabalho
ganhou um fluxo de natureza piroclástica quando aderiu ao Facebook, em 2008.
Desde esse momento, passou a fazer um aproveitamento artístico dessa rede
social, com a criação e interação de personagens/ avatars e a apropriação de
erros da plataforma.
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